Caso EloáComandante do Choque presta depoimento em Santo AndréJoelma Gonçalves, do Emsergipe.com, com informações do G1, em São Paulo
O comandante da Tropa de Choque de São Paulo, coronel Eduardo Félix, chegou por volta das 9h35 desta quinta-feira (23) ao 6º Distrito Policial de Santo André, no ABC, onde são realizadas as investigações sobre o seqüestro que acabou com a morte da adolescente Eloá Cristina Pimentel. Segundo a Secretaria de Segurança Pública estava previsto para as 10h o depoimento do comandante e do tenente Paulo Sérgio Schiavo, responsável pelo comando do grupo que invadiu o apartamento. Até por volta das 9h55, o delegado responsável ainda não havia chegado ao local.Na entrada, Félix disse apenas que foi chamado ao local para conversar com o delegado. Na noite desta quarta-feira (22), o comandante reafirmou que confia na versão de sua tropa de que houve tiro antes da invasão do apartamento e colocou dúvidas sobre a versão de Nayara Silva, amiga de Eloá que estava no local e foi baleada no rosto por Lindemberg Alves, que manteve as duas reféns. “Ela estava lá como vítima, em um local de crise", disse. "Está confusa, e [pode] não entender esse exato momento”, completou.O comandante fez a afirmação após a divulgação de detalhes do depoimento de Nayara, realizado nesta quarta em um hospital de Santo André. O conteúdo contradiz a versão do Gate e de vizinhos ouvidos pela polícia. “O Gate [Grupo de Ações Táticas Especiais] é altamente qualificado e tem a minha confiança. A ação foi provocada pelo disparo. Nós não tínhamos a intenção de invadir por uma questão técnica: não sabíamos onde estavam as reféns”, declarou. saiba mais Delegado deve pedir prorrogação de inquérito do seqüestro no ABC Mãe de Nayara diz que ainda não decidiu sobre pedido de indenização Vizinhos de Eloá dizem ter ouvido tiro antes da invasão Nayara aparece pela primeira vez após cirurgia Nayara diz à polícia que não houve tiro antes da invasão Confira próximos passos da polícia na investigação sobre o seqüestro no ABC --------------------------------------------------------------------------------Ainda sobre a versão de Nayara, ele diz que agora aguarda provas técnicas. “Existem laudos técnicos que darão todas as respostas.” E acrescentou: "respeito o depoimento da Nayara, assim como respeito o depoimento dos policiais", afirmou. Não houve tiro A jovem declarou à polícia que fez nenhum disparo no apartamento onde era mantida refém minutos antes da invasão, de acordo com o delegado seccional de Santo André, Luiz Carlos dos Santos. A jovem relatou que Lindemberg fez um disparo em direção ao teto entre 15h e 16h de sexta, em “um momento de nervosismo”, ainda segundo o delegado. Depois da invasão, ela se recorda de dois tiros, mas não relatou nenhum outro ocorrido instantes da ação policial. "Hoje, a Nayara afirmou taxativamente que não houve esse tiro", disse o delegado seccional. O coronel Eliseu Leite de Moraes, da Polícia Militar, disse que todas as circunstâncias da invasão serão apuradas. “Isso [o tiro] por si só não é o fator primordial. O que determina uma invasão é um risco insuportável e uma possibilidade de sucesso. A finalidade da PM é trazer a verdade e nós também queremos saber o que exatamente aconteceu”, afirmou. Nayara foi ouvida pelo delegado responsável pelo caso, Sérgio Luditza, e pelo promotor Antonio Nobre Folgado. Psicólogos, integrantes do Conselho Tutelar, a mãe da jovem e o advogado contratado pela família, Ângelo Carbone, acompanharam o depoimento.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
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